Perdão
O que significa Perdão: Remissão de uma
falta, ofensa, ou divida. Remissão de pena. (Indulto).
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Meio de graça através do qual o pecador
arrependido tem as suas faltas perdoadas mediante os méritos de Cristo.
Abandono de ressentimento e de desejo de vingança em relação a um ofensor. |
O perdão, sendo uma
das bem-aventuranças do Evangelho (Rm 4.7), é-nos concedido através da justiça
de Cristo (1 Jo 1.9).
Rm 4.7 Bem aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, e
cujos pecados são cobertos.
1 Jo 1.9 Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para
nos perdoas os pecados e nos purificar de toda injustiça.
Nem
sempre, porém, o perdão, livra o ofensor das consequências sociais e
domésticas de sua ofensa. Haja vista o caso do rei Davi. Embora prontamente
perdoado, teve de arcar com as consequências de seu crime. A dívida do rei para
com Deus foi de imediato quitada. Mas para com a sociedade, a questão era
outra. Exigia pública reparação. (Há casos que devem ser trazidos ao
conhecimento geral)
I=
O PERDÃO QUE DEUS DÁ AO QUE PECA CONTRA ELE É DE VÁRIOS MODOS REPRESENTADO
1. O pecado
é coberto; (Sl 32.1) “Bem-aventurado
aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto”, e Sl 85.2 “Perdoaste
a iniquidade de teu povo, encobriste os seus pecados todos”.
[Coberto = O
crente é escondido ou revestido pela justiça de Cristo; isto é a expiação]
2. Não é atribuído; (Sl 32.2)
“Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo
espírito não há dolo”.
3. É apagado; (Is 43.25) “Eu, eu mesmo, sou o
que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me
lembro”.
4. Não há mais lembrança dele; (Is 43.25 e Hb 8.12) Pois, para com as suas
iniquidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei”.
5. O perdão é um ato de livre graça; (Sl 51.1) Compadece-te de mim ó Deus, segundo a tua
benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas
transgressões);
6. Um ponto de justiça, em conformidade com os divinos desígnios,
confessando nós que somos pecadores; (1 Jo 1.9) Se
confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda a injustiça);
7. Um ato perfeito da misericórdia de Deus; (Sl 103. 2,3) Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te
esqueças de nem um só de seus benefício. (v.3) Ele é quem perdoa todas as tuas
iniquidades; quem sara as tuas enfermidades; e 1 Jo 1.7 Se, porem, andarmos na
luz como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de
Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado).
8. O ato de perdoar é decisivo, e nunca será revogado; (Mq 7.9) Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra Ele,
até que julgue a minha causa e execute o meu direito; Ele me tirará para a luz,
e eu verei a Sua justiça).
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Só Deus é que pode perdoar os nossos
pecados, embora o ser humano possa declarar que Ele está sempre pronto a usar
da Sua misericórdia para conosco.
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1. O Perdão está com o
Senhor: Sl 130. 4 = Contigo, porem, está o perdão, para que te temam.
N.Hom: O perdão divino
existe para os que se arrependem e o pedem.
É a salvação que Jesus Cristo ganhou para nós.
2.
Ao Senhor pertence o perdão: Dn 9. 9 = Ao Senhor,
nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois nos temos rebelado
contra Ele.
N.Hom: O pecado,
seguido pelo senso de iniquidade, é da própria natureza humana, assim como a
misericórdia e a graça são revelações da natureza divina. Deus é amor.
(1 Jo 4.8
= Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.)
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9. O perdão não pode ser comprado com quaisquer riquezas; (Pv 11.4) As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a
justiça livra da morte);
10. O perdão não pode ser alcançado pelas nossas obras, pois de
graça somos salvos pela fé; (Rm 11.6) E, se é pela graça, já
não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça, e Ef 2.8,9 Pela graça
sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus).
11. Para que o perdão seja completo, o ofensor deve confessar-se
arrependido, dispondo-se a reparar a falta cometida. O resultado do “perdão” é
o restabelecimento da amizade entre as partes. Deus perdoa os nossos pecados
porque Jesus pagou por eles; (Cl 1.14)
... comprou a nossa liberdade com o Seu sangue e nos perdoou todos os nossos
pecados. e Cl 3.13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso
alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou,
assim também perdoai-vos).
12. E Deus nos perdoa à medida que nós perdoamos os que nos ofendem;
(Mt 6. 12) ... e perdoa-nos as nossas dívidas, assim
como nós temos perdoado
aos nossos devedores).
Conclusão:
- “perdão” humano deve ser estritamente análogo (semelhante) ao “perdão” divino (Mt 6.12).
- Mt
6.12 ... e perdoa-nos as nossas dívidas, assim
como nós temos perdoado aos nossos devedores...
- Se
certas condições são cumpridas, não há limitação à lei de Cristo sobre o
“perdão” (Mt 18.21,22 = Então, Pedro,
aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará
contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? (v.22) Respondeu-lhe Jesus:
Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete).
- As condições são arrependimento e confissão: (Mt 18.15-17 e Lc 17.3).
Mt
18.15-17 Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo
entre ti te ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. (v.16) Se, porem,
não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento
de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. (v.17) E, se ele não
os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o
como gentio e publicano.
Lc
17.3 Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se
arrepender , perdoa-lhe.
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