O que é ser um pacificador?
Charles
de Gaulle, ex-presidente da França, disse: “Enquanto houver fome no mundo, não
haverá paz”. De Gaulle estava errado. A causa básica da falta de paz não é a
fome, mas a presença do pecado no coração do homem. A fome, juntamente com a
guerra, é conseqüência do pecado e da desobediência do homem. A ONU e outros
organismos internacionais se esforçam para promover a paz, mas não logram
êxito, pois o mundo rejeita o Príncipe da Paz - Jesus. A paz entre os homens
começa com a paz entre os homens e Deus.
“Bem-aventurados os
pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” - Mt 5.9
A palavra paz no hebraico é “shalom”. No
grego é “eirene”. Essas palavras não significam “ausência de problemas”.
Significam sim, segurança no meio dos
problemas e da agitação do mundo em que vivemos. “Tomai toda armadura
de Deus, para que possais resistir no dia mau, e depois de terdes vencido tudo,
permanecer inabaláveis” (Ef 6.13).
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Paulo
escreveu: “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém
não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não
destruídos” (2 Co 4.8,9).
Características do
pacificador
1. Desenvolveu
os traços do caráter de Cristo descritos nas bem-aventuranças, especialmente
humildade, mansidão, coração limpo e perdão.
2. Visto
que aprendeu a basear suas convicções em princípios bíblicos, sabe ser justo.
3. Não
foge dos problemas, nem deles reclama, mas discerne os propósitos de Deus em
cada um deles.
4. Não
é agressivo em sua maneira de tratar os outros, mesmo para com os que
eventualmente o agridem. Isso é obra do E. Santo em seu coração. Essa
transformação não é rápida: em algumas pessoas é mais lenta, enquanto que em
outras é mais rápida.
5. O
pacificador tem paz com Deus e a paz de Deus em seu coração, e
por isso procura promover a paz dos homens com Deus e a paz dos homens entre
si.
6. Para
promover a paz entre os homens não pode ser egoísta
Para se tornar um
pacificador:
1. Precisa
aprender a controlar seus pensamentos e atitudes.
2. Deve
aprender como e o que falar em cada situação.
3. Deve
fazer morrer sua natureza terrena, bem como os desejos da carne.
4. Deve
ter aprendido a perdoar, como a pedir perdão.
5. Deve
estar prevenido e disposto a sofrer arranhões quando se empenhar em promover a
paz em algum conflito.
Exemplos de Cristo:
·
Jo 14.27 - “Deixo-vos a paz, a minha paz vos
dou; não vô-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se
atemorize”.
·
Lc 2.14: “Glória a Deus nas maiores alturas e
paz na terra entre os homens a quem ele quer bem”.
·
1 Pe
2.21-23: “Para isso mesmo fostes
chamados, pois que também Cristo sofreu
em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não
cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca, pois ele, quando
ultrajado, não revidava com ultraje, quando maltratado não fazia ameaças, mas
entregava-se aquele que julga retamente”.
Exemplo de fiéis:
· José
no Egito: Gn 455.5-8;
· Abraão
- Gn 13.8,9;
· Paulo:
2 Co 5.18-20.
Atitudes positivas nos pacificadores:
· Revelam
amor cristão genuíno;
· Alcançam
paz interior;
· Tornam-se
transparentes;
· Tem
consciência livre de culpa;
· Assumem
responsabilidade integral por seus atos e pensamentos.
Atitudes
negativas em quem não tem espírito pacificador:
· Atitude
crítica - Rm 2.1
· Culpa
- angústia interior: Rm 7.15,17.
Auto exame:
· Considero-me
um pacificador?
· Sei
controlar meus pensamentos e sentimentos numa situação que tem tudo para ser
explosiva?
· Sei
como falar em meio a dificuldades?
· Tomo
a iniciativa para promover a paz entre as pessoas?
Bênçãos na vida de um pacificador:
· “Será
chamado filho de Deus” - isto é, será semelhante ao Pai. Do Pai a Bíblia diz:
“Ele é o Deus de toda paz” (Hb 13.20).
· “Felicidade”
- pois Jesus disse: “Bem-aventurados os pacificadores...”
Passos e decisões para me tornar um pacificador:
· Entregar
minha vida ao senhorio de Cristo para ter a paz de Deus e a paz com
Deus.
· Renunciar
ao diabo e a toda raiz de amargura. Submeter-me a um processo de cura interior.
· Aprender
a perdoar.
Aprendendo a perdoar
1. Compreendendo
como a amargura se forma dentro de nós, ou seja, num processo de
três estágios:
a) Sou
agredido, rejeitado, injustiçado. Isso provoca dor, tão logo me atinge.
b) Como
administrar essa dor? A primeira reação é “olho por olho”, ou engolir calado.
Ambas as reações me prejudicam interiormente.
c) Quando
deixo “o sol se por sobre minha ira” (Ef 4.27), a dor se transforma em ferida
emocional, e daí Satanás encontra uma brecha para me amarrar (2 Co 2.10,11).
2. Compreendendo
as conseqüências da amargura: (a) Físicas - Sl 32.3,4:
enfermidades psicossomáticas: úlcera nervosa, batimentos cardíacos,
falta de ar, desmaios, dores generalizadas no corpo, etc. (b) Conseqüências
emocionais: choro, insônia, depressão, vontade de morrer, desespero: “Não
agüento mais”!!! © Conseqüências
espirituais: confusão espiritual - 1 Jo 2.11; entristece o E. Santo; barreira
para vida de oração - Mc 11.25; Não recebe perdão do Pai - Mt 6.14,15;
Dificuldade com Deus - Is 59.1,2.
Passos para perdoar:
a) Aceitar
Cristo como senhor e Salvador. Sem Cristo não é possível - Gl 2.19,20.
b) Assumir
a responsabilidade por nossa amargura - 1 Jo 3.15.
c) Renunciar
ao diabo que nos instigou para a vingança - Tg 4.7-10.
d) Buscar
na graça de Deus revelada em Cristo a força para crer no perdão de meus
pecados, bem como a força para declarar nosso perdão aos que nos magoaram.
e) Declarar
nosso perdão a todos que nos feriram. Fazer isso não por emoção, mas em
obediência ao que Deus diz - Ef 4.31,32. Fazer isso mesmo que o ofensor não se
arrependa. Jesus fez assim.
f) Esquecer,
isto é, não ficar mais remoendo o que perdoou. Remoer reabre as feridas que
ainda não estão bem cicatrizadas.
g) Orar
pelas pessoas a quem perdoamos.
h) Buscar
o perdão do ofensor, caso também tenhamos falhado para com ele.
Bênçãos do Perdão
1. O
perdão muitas vezes é difícil quando não compreendemos o propósito de Deus ao
Ele permitir que determinada ofensa me
atingisse.
2. Não
conseguiremos liberar o perdão sem antes nos arrependermos de nossa mágoa
contra o
ofensor. A graça de Deus não flui num
coração endurecido.
3.
Quando abrimos mão do desejo de nos vingar, tudo fica mais fácil. Rm 12.19.

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