07 julho 2020

Esperando o Tempo de Deus


Os problemas da vida, muitas vezes trazem ansiedade e, por conta disso, é preciso aprender apresentar diante de Deus todas as nossas necessidades (cf. Fl 4.6,7; 1 Pe 5.6,7). A oração é uma arma indispensável para lidar com a ansiedade. O interessante da oração é que ela nos aproxima de Deus fazendo com que nos tornemos mais íntimos dEle. Portanto, apresentar as nossas necessidades a Deus por intermédio da oração é uma forma de controlar a ansiedade.

Esperar o tempo de Deus envolve adquirir experiência. [Salmos 40.1]. No Novo Testamento, na Carta que escreveu o apóstolo Paulo aos Romanos, no capítulo 5, versículos 4 e 5, diz que “a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança”. Devemos entender que as experiências pelas quais passamos nas diversas etapas da vida produzem um efeito positivo para que nos tornemos mais pacientes e confiantes à espera da providência do Senhor. 


Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu [Salmo 42.5] 

O relacionamento com o Senhor nos faz entender que aceitaremos a sua vontade quer as respostas para os nossos anseios sejam “sim” ou “não” ou “espere”! Aprender esperar o tempo de Deus para nossas vidas nos faz crescer na comunhão com Ele e amadurecer como cristão. Neste caso, enquanto não se cumprirem as promessas de Deus em nossas vidas, devemos administrar o tempo que nos está disponível da melhor forma possível.
“O uso positivo do tempo:

1. Planeje seu tempo. ‘Tudo tem seu tempo determinado’ (Ec 3.1). Nesta expressão bíblica, entendemos que não só o nosso tempo é predeterminado por Deus, mas que nós devemos ser metódicos quanto ao uso dele. Devemos planejar todas as nossas atividades de forma a preencher bem o tempo disponível.
2. Cultive a pontualidade. ‘Não sejais vagarosos no cuidado’ (Rm 12.11). Ouvimos sempre uma justificativa falida contra a pontualidade: ‘Antes tarde do que nunca’. Todas as nossas atividades, físicas, sociais ou espirituais, merecem o devido respeito. O tempo é precioso, por isso devemos aproveitá-lo bem. A pontualidade deve ser cultivada nos tratos com outras pessoas, com as instituições com as quais assumimos compromissos. O grego okmeros significa ‘moroso, vagaroso’. A ideia que o apóstolo Paulo quer destacar é quanto ao que trabalha sem prazer, sem gana, sem vontade, ou que deixa para amanhã o que deveria ser feito hoje. O diligente é aquele que faz o que tem de fazer com ardor, como o próprio texto sugere: ‘fervente (ou fervoroso) no espírito’. As pessoas que cultivam a pontualidade têm senso de responsabilidade; tem uma gana de vontade para fazer o que tem de ser feito, muito mais na obra de Deus.
3. Equilibre suas atitudes no uso do tempo. A palavra equilíbrio sugere uma balança de dois pratos. O desequilíbrio do tempo está em dar mais peso para um lado da balança que o necessário. A Bíblia fala de equilíbrio quando diz: ‘andeis como é digno da vocação com que fostes chamados’ (Ef 4.1). A palavra ‘digno’ tem na sua raiz o sentido de equilíbrio. O verbo andar implica um modo de vida, de pensar, de fazer e ser.”


A Prática da Espera

Confira nos textos indicados abaixo:
  1.  2 Pe 3.8-14
  2. Sl 27.14
  3. Sl 39.7
  4. Sl 69.3
  5. Sl 71.14
  6. Is 40.31
  7. Is 64.4
Um dos maiores transtornos do homem é não saber nem querer esperar. Assim como o feto gasta nove meses para se transformar em uma criança apta para sair do ventre materno e sobreviver fora dele, muitas de nossas carências não são nem podem ser satisfeitas imediatamente, ao toque de uma varinha de condão, como muitos querem.
A prática da espera é difícil por causa da impaciência, do imediatismo e da curiosidade. Um erro é não esperar nada, outro é não saber esperar.

1. Para entender o que a Bíblia fala

Segundo a Palavra de Deus, é preciso aprender a esperar:
a) O fim da tempestade, isto é, o fim da provação, o fim da tentação, o fim do período de vacas magras. O que Pedro aconselha aos cristãos que passavam por duras perseguições? (1 Pe 1.6, 7; 4.12, 13)
b) A hora de Deus. Ele enfeixou em suas mãos os tempos e as épocas e exerce autoridade sobre eles (At 1.7). Como Moisés compara o relógio de Deus com o relógio do homem? (Sl 90.4) O que essa verdade significou para ele próprio? (At 7.23, 25, 30-34)
c) A evolução dos acontecimentos. O que Pedro nos ensina? (2 Pe 3.8, 9)
d) A resposta à oração. Muitos personagens bíblicos e da história esperaram muito para terem suas orações atendidas. O que Jesus nos ensina a esse respeito? (Lc 18.1, 7, 8)
e) A direção do Senhor. Nem sempre a direção que parece lógica e certa é a direção de Deus. Paulo queria continuar na Ásia, mas para onde Deus o queria levar? (At 16.6-10)
f) Os acontecimentos futuros. Quais são eles? [Confira nos textos indicados abaixo]
> Rm 13.11
> Mt 24.42
> Rm 8.23
> Rm 8.18
> 2 Pe 3.13
> Mt 6.10 cf. Ap 11.15

Hora de avançar

A prática da espera é a arte de aguardar tranquilamente a hora de Deus, sem deixar de fazer o que é de nossa competência e sem fazer o que é da competência de Deus, deixando de lado toda impaciência e todo esmorecimento.

2. Para Pensar

É preciso esperar numa atitude de confianca: “Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro” (Sl 40.1). É preciso esperar numa atitude de paciência: “Depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa” (Hb 6.15). É preciso esperar numa atitude de tranqüilidade: “Vou esperar, tranqüilo, o dia em que Deus castigará aqueles que nos atacam” (Hc 3.16, BLH).
Existe o erro de esperar o que não é preciso, como aconteceu com a mulher samaritana que aguardava o Messias, sem saber que Ele próprio falava com ela (Jo 4.25). Assim, já não é preciso esperar a vinda do Messias, a efusão do Espírito — que se deu no dia de Pentecostes (At 2.1-4) —, algum acréscimo ao evangelho pregado pelos apóstolos (Gl 1.8, 9) e o tempo de proclamar o evangelho (Mt 28.19, 20).

O que disseram

“Na prática da espera, Deus pode produzir em nós confiança, paciência e quietude. Assim poderemos fazer frente às atitudes inversas de dúvida, ansiedade e ativismo. Uma tentação é deixar de esperar, abandonar a esperança, cansar-se de uma espera que parece longa demais. Outra é intrometer-se, resolver a questão de qualquer modo, assumir a responsabilidade de providenciar o que estava nas mãos de Deus.”

3. Para responder

a) Há algo em sua própria vida ou na vida de pessoas de seu relacionamento que você está quase desistindo de esperar?
b) Como as outras práticas estudadas podem ajudá-lo a não entregar os pontos e renovar a sua espera?

Você e Deus

1) Aguarde o desenrolar dos acontecimentos de sua própria vida, quando for o caso. Espere o fim da dificuldade, a hora de Deus, a resposta àquela antiga oração, a direção do Senhor, agarrando-se firmemente às promessas de Deus.
2) Não menospreze as esperas escatológicas, que nos parecem tão demoradas. Continue esperando!


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