28 julho 2020

Como enfrentar as tribulações tendo paciência.





Tribulação: Aflição, adversidade moral


  

Crendo que a tribulação produz perseverança
E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência.
Romanos 5:3

A palavra tribulação refere-se a todos os tipos de provações que podem nos afligir. Isto inclui coisas como necessidades financeiras ou materiais, circunstâncias difíceis, tristeza, enfermidade, perseguição, maus tratos ou solidão. Em meio a estas aflições, a graça de Deus nos capacita a buscar mais diligentemente a sua face e produz em nós um espírito e caráter perseverantes, que vencem as provações e as aflições da vida. A tribulação, ao invés de nos levar ao desespero e à desesperança, produz a paciência.

Crendo que o Senhor não está longe

Por que, Senhor, te conservas longe, E te escondes nas horas de tribulação?
Salmos 10. 1

Às vezes, podemos sentir a presença de Deus que nos abriga como um cobertor quente de amor e proteção. Em outras ocasiões, talvez não sintamos nada senão um silêncio estranho e deprimente. Salmos como esse nos mostram que tais sentimentos de abandono não são incomuns. Mas, como Davi nos faz lembrar em outro texto, podemos ter a certeza de que Deus está sempre conosco, não importa como nos sintamos. 

Orando e crendo que o Senhor responde
 
O Senhor te responda no dia da tribulação; o nome do Deus de Jacó te eleve em segurança.
Salmos 20:1
Os salmos 20 e 21 são paralelos. São orações a Deus em torno da luta de seus fiéis contra seus inimigos. O Sl. 20 é uma oração antes da batalha; o Sl. 21 é um ato de louvor depois da batalha. Para o crente em Cristo, o Sl. 20 pode ser aplicado à sua luta espiritual. No presente, batalhamos contra as forças invisíveis, porém claramente reais, do mal, e ansiamos pela vitória sobre Satanás e os poderes demoníacos, e por ficarmos livres da presença deles.

Crendo que Deus é socorro presente

Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.
Salmos 46. 1
Deus quer estar perto do seu povo e prover-lhe ajuda e consolo. Este salmo evidencia fé e confiança em Deus, em ocasiões de instabilidade e insegurança.  Em Deus temos o poder e a capacidade de enfrentar as incertezas e lutas da vida. Refúgio, fala de abrigo no perigo, mostrando que Deus é nossa real segurança nas tormentas da vida (ver Is. 4. 5, 6). Fortaleza refere-se à força divina na peleja do crente contra seus inimigos (21. 8; Êx. 15. 13) e inclui o poder de Deus que opera em nós (Cl. 1. 29) e nos capacita a vencer os obstáculos da vida. Conclusão: Deus é socorro bem presente nas tribulações. Ele está ao alcance do seu povo e quer que busquemos seu socorro em qualquer momento de necessidade (Hb. 4. 16). Ele é suficiente em qualquer situação e nunca nos deixa só. Por isso, não precisamos temer.

Crendo que o Senhor livra
  
Na sua aflição, clamaram ao Senhor, e Ele os livrou da tribulação em que se encontravam.
Salmos 107. 6 (nvi)

Veja Salmos 107. 6, 10-17, 19, 28. Como é difícil passar por momentos assim! Alguns problemas da vida são tão sérios que não nos deixam apenas tristes ou preocupados, mas profundamente angustiados. Num momento desses, muitas vezes pensamos que Deus não se importa mais conosco e que a nossa dor nunca passará, porque não há solução para o nosso problema. Leia o texto bíblico e descubra lições importantes que o ajudarão a lidar com os momentos de angústia:  Deus sabe que estamos sofrendo e está disposto a nos ouvir. Ore e abra o seu coração para o Senhor. (2)  Pode ser que você se sinta culpado (veja os versículos 11-12). Confesse tudo ao Senhor. Ele o perdoa totalmente. (3)  Deus permite momentos de angústias para o nosso próprio bem e crescimento. Vemos as coisas com outros olhos depois. (4)  Lembre-se que, ainda que demore um pouco, esse momento vai passar. (5) Quatro vezes o salmo afirma: clamaram ao Senhor e Ele os livrou das suas tribulações (v. 6, 13, 19 e 28).
 
Crendo que Deus consola para consolarmos a outros

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, - que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações.
II Coríntios 1. 3 e 4 (nvi)
 
Muitos pensam que quando Deus nos consola, nossas dificuldades devem desaparecer. Mas, se fosse sempre assim, as pessoas se voltariam a Deus somente com a intenção de serem aliviadas da dor, e não por amor a Ele. Devemos entender que ser consolado pode também significar receber forças, encorajamento e esperança para lidar com as nossas dificuldades. Quanto mais sofremos, mais conforto Deus nos dá. Se você estiver se sentindo subjugado, permita que Deus lhe console. Lembre-se de que, a cada prova que enfrentar, você confortará outras pessoas que estão sofrendo dificuldades semelhantes às suas.
 

23 julho 2020

Você gosta de mim porque... Ou você me ama apesar de...?


      O Amor Verdadeiro:


          1 Coríntios 13:4-7


4O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
5Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
6O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
7Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
LEIA O CAPÍTULO COMPLETO: 1 CORÍNTIOS 13

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda

21 julho 2020

DEVOCIONAL DIÁRIO



Relacionamento Permanente com DEUS.

Aos 18 anos conheci Jesus de Verdade (e da Verdade) e aprendi sobre a importância de se manter um período devocional diário com Deus. Tanto por preceitos, como pelo exemplo de meus sogros Ilma e Sebastião, que me adotaram (natural e espiritualmente) e me ensinaram que devemos cultivar este tempo à parte com o Senhor.
Há algo poderoso por trás desta prática, como estaremos analisando. Mas preciso admitir que mesmo aprendendo que todo cristão deva ter seu período devocional com Deus, falhei centenas e centenas de vezes no que diz respeito a isto. Falhei em períodos em que não estive tão intensamente envolvido com Deus e seu reino, mas falhei também depois de estar bem comprometido com o Senhor e ministerialmente amadurecido. Portanto, quero iniciar nossa reflexão declarando que nem sempre erramos por falta de conhecer determinados princípios bíblicos, mas muitas vezes por mera falta de disciplina.
Sei que a maioria dos crentes de hoje não costuma investir diariamente num período de devoção com Deus. Muitos cometem este erro por falta de ensino e esclarecimento, outros por falta de cobrança e estímulo e, claro, há ainda aqueles que erram por pura negligência. Não quero me dirigir a um ou outro grupo em separado, mas aos três. Aos que conhecem a base bíblica deste princípio, convido-os a reverem aquilo que um dia aprenderam e dedicar-se à prática. Aos que estão recebendo este ensino pela primeira vez, apelo para que absorvam estes princípios e passem a vivê-los. Quanto aos deliberadamente negligentes, espero que se arrependam e também ordenem seus passos nesta área.
Precisamos compreender o valor e resultados provenientes do devocional diário. Então seremos estimulados a trazê-lo para a experiência diária. E ao fazê-lo, entraremos numa dimensão mais profunda de intimidade com o Senhor.
Deus espera que o busquemos todos os dias. Isto parece ficar bem claro na oração-modelo que Jesus nos ensinou: “...o pão nosso de cada dia nos dá hoje...” (Mt.6;11). Jesus ensinou a nos colocarmos diariamente diante do Pai Celeste e buscar sua provisão para aquele dia. E quanto ao dia seguinte? Devemos voltar a buscar ao Senhor a cada novo dia. Cristo declarou: “Portanto não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mt.6:34).
Mesmo sendo ensinados a depender de Deus para nossa provisão, o que percebemos é que o caminho bíblico proposto é ir a Ele em oração diariamente. E que as respostas divinas vêm em cotas “diárias”, não mais do que isto. Há uma relação entre este ensino do Senhor Jesus e o que ocorreu nos dias de Moisés quanto ao maná, o pão do céu.
Depois que a nação de Israel deixou o Egito, e saiu pelo deserto, em direção a Canaã, viu-se em dificuldades para ter seu próprio alimento, uma vez que, em viagem, não tinham tempo nem condições para plantar e colher. E começaram a murmurar contra Deus e contra Moisés. E o relato bíblico nos revela o que aconteceu:
“Então o Senhor disse a Moisés: eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá, e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se anda na minha lei ou não.”
Êxodo 16:4
A cada novo dia os israelitas tinham que se levantar em busca do pão. Deus queria que fosse exatamente assim.
“Disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para a manhã seguinte. Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, e alguns deixaram do maná para o dia seguinte; porém deu bichos e cheirava mal. E Moisés se indignou contra eles. Colhiam-no, pois, manhã após manhã, cada um quanto podia comer; porque, em vindo o calor, se derretia.”    Êxodo 16:19-21
O que temos aqui não é só uma lição de dependência, mas os parâmetros divinos para a forma  2 de seu povo se relacionar com Ele! Parece-nos que era justamente isto que acontecia no Jardim do Éden, onde Deus visitava seus filhos na viração do dia (Gn.3:8). O plano de Deus para nosso relacionamento com Ele envolve a busca diária. Mas temos uma inclinação a errar justamente aí. É só observar o que ocorreu com os israelitas no deserto: mesmo sendo advertidos para não colher mais do que a porção diária do maná, alguns deles tentaram fazê-lo.
Porquê?
Por puro comodismo, para não precisar levantar cedo e ter o mesmo trabalho no dia seguinte, uma vez que quando o sol se levantava, o maná derretia.
A humanidade vive procurando atalhos para todas as coisas. Como diminuir o serviço e tornar tudo mais cômodo parece ser uma das áreas em que mais vemos progresso e avanços tecnológicos! A idéia é simplificar tudo o que for possível. As crianças de hoje só usam fraldas descartáveis; temos o freezer e o microondas; a embalagem longa vida; o telefone celular, e uma infinidade de outras coisas que foram inventadas em nome da praticidade. E não estou reclamando. Eu, como a maioria, gosto disto. Mas temos transportado esta idéia para o nosso relacionamento com Deus. Isto ocorre desde o início da humanidade. Os israelitas demonstraram estar dentro deste mesmo tipo de pensamento quando acharam que poderiam “driblar” a regra da busca diária. E nós também continuamos presos à mesma forma de pensar, milhares de anos depois.
Não há meios de se trabalhar com estoque, no que diz respeito à presença de Deus. Devemos buscá-lo a cada novo dia. O que experimentamos dele num dia, não servirá para o dia seguinte. Este princípio aparece muito na simbologia bíblica. Através do profeta Jeremias o Senhor repreendeu seu povo por não praticar um princípio essencial no relacionamento com Ele: o de reconhecê-lo como manancial de águas vivas.

MANANCIAL OU CISTERNA

“Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas”.
Jeremias 2:13.
Naqueles dias não havia água encanada, e o povo dependia dos mananciais para sua sobrevivência. Entretanto, tanto pela falta do manancial como pelo comodismo de não precisar buscar água todos os dias, as pessoas passaram a usar cisternas. A cisterna era um reservatório de água de chuva, e era muito prática, uma vez que evitava o trabalho de se ir diariamente atrás de uma fonte.
Temos muitos exemplos bíblicos de pessoas indo aos poços para buscar água. Isto era algo comum a todos, razão pela qual Deus escolhe justamente esta figura para ilustrar a verdade espiritual que o seu povo necessitava ouvir e entender.
Qualquer um sabe que há uma diferença na qualidade da água proveniente da fonte e do poço. Mas o que Deus está dizendo não é algo ligado à qualidade da água, mas ao fato de que, espiritualmente falando, as cisternas não funcionam. Deus chamou as cisternas que seu povo vinha cavando de rotas, que não podiam reter as águas. Portanto, nesta comparação que o Senhor faz, a conclusão é única: quem bebe da fonte tem a água, enquanto que quem tenta a cisterna acaba ficando sem água!
Muitos de nós achamos que é possível “driblar” o princípio da busca diária e tentamos “encher nosso reservatório” nos cultos. Há pessoas que durante toda a semana não oram e nem lêem a Bíblia, mas acham que um culto é suficiente para mantê-las abastecidas. Era disto que Deus falava. Porque preferimos encher nossa cisterna em vez de ir diariamente à fonte?
Talvez por mero comodismo, mas o fato é que temos falhado numa área vital de nosso               3 relacionamento com o Pai Celeste. Ninguém sobrevive de estoque em sua vida espiritual. Não existe uma espécie de “crente-camelo” que enche o tanque e agüenta quarenta dias no deserto!
Creio que esta é uma área importantíssima a ser ordenada em nossas vidas. Não há nada que nos leve a estar mais próximos de Deus do que o relacionamento diário. Esta idéia de beber da fonte é usada por Deus em toda a Bíblia, e penso que isto serve para cultivar em nós uma mentalidade correta de nosso relacionamento com Ele; veja alguns destes textos:
“Respondeu-lhe Jesus: Se tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva.
Replicou-lhe Jesus: Todo o que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna”.
João 4:10,13,14
“Ora, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.
Quem crê em mim, como diz a escritura, do seu interior correrão rios de água viva”.
João 7:37,38
“Pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”.
Apocalipse 7:11
“O Espírito e a noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem.
Apocalipse 22:17

PRECISAMOS DE TEMPO AOS PÉS DO SENHOR

Muitas vezes estamos tentando agradar a Deus com nosso trabalho, mas o mais importante para Ele é quando nos assentamos aos seus pés. Nosso serviço é importante, mas estar com o Senhor, gastar tempo em sua presença é muito mais. Além de que, depois de um tempo de um comunhão o serviço se torna mais eficaz.
Observe um episódio que Deus fez questão que fosse registrado para nosso ensino:
“Ora, quando iam de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa.
Tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, sentando-se aos pés do Senhor, ouvia a sua palavra.
Marta, porém, andava preocupada com muito serviço; e aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá que minha irmã me tenha deixado servir sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude.
Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas; entretanto poucas são necessárias, ou mesmo uma só; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.”
Lucas 11:38-42.42
Enquanto Marta corria, Maria estava aos pés do Senhor. Todos conhecemos a história, mas fazemos questão de permitir que ela continue se repetindo... Muitos de nós só conseguimos pensar nos compromissos diários, na agenda cheia, em como fazer tudo, etc.
Preocupamo-nos com coisas que não mereciam tanta atenção.
Deixamos que o “urgente”tome o lugar do “importante”.                                                                   
Sei muito bem do que estou falando não só pelo convívio com outras pessoas, mas por mim mesmo. Por natureza sou alguém agitado, que não gosta de ficar parado. Se deixar, não paro um instante, sou como Marta. Mas tenho aprendido que na vida com Deus, as coisas são diferentes. Aprendi desde o início da minha caminhada com Ele, que a chave de tudo é o tempo investido em relacionamento com o Pai. E apesar, de por temperamento ser uma pessoa mais parecida com Marta, por princípio bíblico tenho forçado meu comportamento a se ajustar ao de Maria. Às vezes tenho as minhas recaídas, mas luto comigo mesmo, pois quero o melhor de Deus! Ninguém tem o direito de se desculpar dizendo: - “Este é o meu jeito de ser”! Se Deus nos fizesse de modo diferente uns dos outros no que diz respeito a buscá-lo, estaria sendo injusto conosco; estaria dando a um condições de agrada-lo e a outro não. Mas isto não é mera questão de temperamento, e sim de comportamento. Precisamos aprender as prioridades corretas para crescer espiritualmente. Falta de tempo com Deus é o maior obstáculo ao crescimento do crente.
Costumamos permanecer tão cegos em nosso comportamento errado que às vezes tentamos até convencer Deus de que estamos certos. Marta foi pedir a Jesus que fizesse Maria se levantar e ajudar, e estava certa de que Jesus agiria de forma justa, mas não esperava que naquela situação a errada fosse ela. Tentou convencer até o próprio Jesus da importância de sua “correria”. De modo semelhante, muitas vezes estamos errados e tentando convencer-nos (e aos outros) do contrário.
Contudo, as palavras de Jesus são muito fortes, contundentes: “...poucas coisas são necessárias, ou mesmo uma só...” O que Ele estava dizendo a Marta? Que de toda a nossa correria, poucas coisas são realmente uma necessidade. Muito do que julgamos ser necessário, na verdade não é. Por exemplo, observe nosso consumismo e veja como criamos necessidades: quem não tem uma TV “precisa” de uma; quem tem uma TV de 14 polegadas, “precisa” de uma de 20; quem já tem uma de 20 polegadas, “precisa” de uma de 29, e a coisa nunca para! Quem não possui um telefone celular “precisa” de um, mas depois que já o tem, “precisa” trocá-lo por um modelo menor e melhor, e o ciclo nunca pára! Fazemos o mesmo na administração de nossa agenda diária; assimilamos muita coisa que poderia esperar como se o mundo fosse acabar em dois dias. E o resultado não é só estresse, mas falta de poder espiritual. A presença de Deus é um refrigério, e devemos cultiva-la com dedicação.
O Senhor Jesus declarou: “poucas coisas são necessárias, ou mesmo uma só”. Penso que com esta frase Ele na verdade estava dizendo: - “Pode enxugar sua agenda que a maioria de seus compromissos não são assim tão importantes. E se tiver que escolher uma única coisa para fazer, fique em minha presença”.
Não estou dizendo que ninguém deva parar de trabalhar, estou falando principalmente de coisas que não precisam necessariamente acontecer naquele momento. Por exemplo, muitos de nós “precisamos” assistir ao noticiário todos os dias. Será que precisamos mesmo? Muitos de nós “precisamos” nos divertir com um bom filme. Mas será que não dá para dar um intervalo maior de dias entre um entretenimento e outro?
Você pode se questionar sobre muita coisa que faz, mas o fato é que se você tivesse que fazer restar uma única atividade em seu dia, por ser a mais importante, ou a única que verdadeiramente possa ser chamada de necessidade, deveria ser a de estar aos pés do Senhor.
O evangelista Moody, defensor deste tipo de pensamento (como todo homem que Deus já pôde usar de modo especial), declarou o seguinte: “Um dos mais claros sinais dos tempos é que muitos cristãos, em nossas associações de moços e igrejas, estão guardando diariamente a ‘hora tranquila’. Nesta era de correria e incessantes atividades, precisamos de algum chamado especial para nos retirarmos e nos colocarmos a sós com Deus por um tempo, todos os dias.
Qualquer homem ou mulher que assim proceder, não conseguirá passar mais que vinte e quatro horas longe de Deus”.
Moody chamava o momento devocional de “a hora tranquila”. Mesmo que nossa vida se resuma 5   em muita correria, deve haver um momento quando consigamos desacelerar para estar a sós com Deus.

AFIANDO O MACHADO

A falta de tempo com Deus impede-nos de servi-lo melhor. E atualmente até mesmo muitos ministérios estão sendo formados de maneira errada! São ensinados a fazer, fazer e fazer, mas quando investimos tempo a sós com o senhor, aumentamos o proveito do serviço depois. Veja este princípio bíblico:
"Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então se deve por mais força; mas a sabedoria é proveitosa para dar prosperidade."
Eclesiastes 10:10

Quando o rei Salomão foi inspirado pelo Espírito Santo a escrever estas palavras, não nos deixou apenas um princípio natural, mas, paralelamente estabeleceu um fundamento espiritual.
Assim como a sabedoria de afiar o corte do machado no rachar lenhas torna o trabalho mais eficaz, também há recursos espirituais que tornarão nosso andar em Deus mais frutífero.
Se o machado de um lenhador encontra-se embotado, sem corte, ele tem que empreender muito mais força e energia em seu trabalho, consumindo assim mais do seu tempo. Mas ao investir uma parte do seu tempo afiando o corte do machado, no fim terá economizado tempo e energia.
A partir do momento que a ferramenta tem melhor corte, será o corte que determinará o resultado, e não a força do golpe na lenha. Resumindo: Se tentarmos economizar o tempo que usaríamos dando manutenção à ferramenta, acabaremos perdendo mais tempo ainda no trabalho que executamos.
O povo de Deus precisa aprender urgentemente esta lição! O que precisamos aprender e provar na prática, é que o tempo gasto com Deus é o machado sendo afiado. Se economizarmos nesta prática, perderemos muito mais tempo e energia depois e não conseguiremos fazer tão bem o serviço...

NOSSA PRIORIDADE DIÁRIA

Agora chegamos num ponto importante. Sabemos que precisamos estar com Deus. E que isto deve acontecer todos os dias. E que este encontro não precisa durar o dia todo. E que a maior desculpa que damos é que, em meio à correria, não nos sobra tempo para isto. Portanto, o melhor remédio para isto é fazer de seu período devocional com Deus a primeira atividade do dia. Se você o faz antes das outras coisas, não corre o risco de acabar ficando sem fazer.
O que fazemos quando nos encontramos financeiramente “apertados”, e temos várias contas a pagar, sabendo que talvez naquele dia ou semana não haja recursos suficientes para pagar tudo? A maioria de nós tem experiência nisto. Começamos pagando as contas mais importantes, as prioritárias. E o resto ajusta-se depois. Se conseguirmos transferir a mesma mentalidade e raciocínio para a prática do devocional, tudo será diferente. Estar com Deus é a conta prioritária a ser paga a cada dia, portanto devemos começar por ela, e o resto vai ajustando-se como der!
No início deste estudo usamos o exemplo do maná como uma figura desta busca diária. E o maná tem uma figura que se encaixa bem naquilo que estamos falando. Se ele não fosse colhido logo cedo, se derretia com o Sol.
Em outras palavras, ou a pessoa começava seu dia com aquela atividade prioritária, ou acabava ficando sem ele. Com nosso devocional não deve ser diferente. Jesus nos deixou o exemplo:
“De madrugada, ainda bem escuro, levantou-se, saiu e foi a um lugar deserto, e ali orava.”
Marcos 1:35
De modo semelhante ao ato dos israelitas de colher o maná antes do Sol se levantar, Jesus muitas vezes saía cedo de casa a fim de estar a sós com o Pai Celeste. Aqui ainda vemos outro princípio importante para nosso devocional: o texto diz que Cristo “foi a um lugar deserto”, o que fala da importância de estar a sós com Deus neste momento.
Estou convicto de que não há hora melhor para se ter o devocional do que ao amanhecer o dia. Lemos no Velho Testamento:
“De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando”.
Salmo 5:3
A oração sempre será algo abençoador, mas quando Deus dá ênfase ao fato de busca-lo logo de manhã, está valorizando aqueles que decidiram estar com Ele como a sua prioridade do dia. Buscar ao Senhor no início do dia é honra-Lo como o que de mais importante temos. E Deus está realmente interessado nisto! Veja o que o profeta Isaías declarou:
“O Senhor Deus... me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos”.
Isaías 50:4
Se dermos esta liberdade ao Senhor, priorizando o tempo com Ele, certamente perceberemos que o maior interesse neste tempo de qualidade ao início do dia, é do próprio Deus. Isaías afirmou que o Senhor o despertava para ter este tempo de comunhão. Para Moisés, Deus também fez este tipo de convite:
“Subas pela manhã... e... põe-te diante de mim no cume do monte”.
Êxodo 34:2
Qual era a importância de subir ao monte pela manhã? A única que temos enxergado em cada versículo até agora: dar ao Senhor as primícias do dia.

RAÍZES SANTAS

“E, se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade; se for santa a raiz, também os ramos o serão”.
Romanos 11:16
Com base nesta afirmação bíblica, Andrew Murray declara em seu livro “A Vida Interior” o seguinte: “Se as primeiras horas da manhã forem consagradas ao Senhor, o restante do dia com as suas diversas tarefas também o será”. Ele chamava a prática deste princípio de “a hora matinal”. Acredito piamente neste princípio. Se santificamos as primícias do dia, santificamos o dia todo!
Assim como nosso corpo despoja-se de seu cansaço na noite de sono, levantando-se renovado ao amanhecer, também algo precisa acontecer com nosso espírito. Não podemos ignorar o fato de que o crente precisa de renovação diária em seu relacionamento com Deus. É como no caso do maná. O que se colhe num dia, dura só para aquele dia. E a cada novo dia temos que buscar ao Senhor novamente. Quando aprendemos a prática do devocional diário, estamos dando um passo vital para andar em renovação espiritual:
“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia”.
II Coríntios 4:16                                                                                                                                
Ao usar a expressão “nosso homem interior se renova de dia em dia”, a Bíblia está nos apresentando a visão de que na vida cristã todos precisamos de RENOVAÇÃO DIÁRIA. Por outro lado, ao afirmar: “mesmo que o homem exterior se corrompa”, penso que as Sagradas Escrituras estavam falando de duas coisas: da deterioração física do envelhecimento natural, e também da corrupção do pecado. Tanto em uma como em outra, a idéia é a de que dia após dia estamos nos “estragando” por fora, em nossa carne. É por isso que precisamos passar por um processo de renovação diária em nosso íntimo, no homem espiritual. E se investimos nesta prática, não seremos tão duramente afetados pela força do pecado.
Nosso espírito e nossa carne combatem entre si (Gl.5:16), e quanto mais fortalecemos a um deles, maior a probabilidade de vitória nesta luta. Portanto, precisamos alimentar diariamente nosso espírito em momentos de devoção ao Senhor. Por isso é tão importante que tenhamos um tempo diário meditando na Palavra, orando, adorando ao Senhor.
COMO FAZER O DEVOCIONAL?
Muitos nos perguntam como podem conduzir seu tempo devocional. Isto é algo pessoal, e acima de tudo, devemos ser sensíveis ao Espírito Santo. Mas há algumas coisas que precisam estar presentes neste momento, e queremos dar algumas sugestões quanto a estas práticas indispensáveis para o momento devocional. São elas: a meditação bíblica, a oração e a adoração.
MEDITAÇÃO BÍBLICA - Nos dias do Antigo Testamento (e mesmo até séculos recentes) as pessoas não dispunham de cópias das Escrituras. Alguns - como os sacerdotes e escribas, por exemplo – tinham acesso diário às Escrituras, mas a maioria não. Eles dependiam das reuniões públicas para semanalmente ter algum contato com a Palavra. Penso que esta foi a única razão pela qual Deus não exigiu de todos a leitura diária das Escrituras, mas ainda assim, de alguns isto era exigido, como no caso dos reis:
“Também, quando se assentar no trono de seu reino, escreverá para si um traslado desta lei num livro, do que está diante dos levitas e sacerdotes. E o terá consigo e o lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor, seu Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei e estatutos, para os cumprir”.
Deuteronômio 17:18,19.
Foi por ter este contato diário com as Escrituras que Davi pode escrever um Salmo tão belo como o 119. Creio que Deus espera daqueles que desejam viver próximos dEle, um tempo diário com sua Palavra, que envolve pelo menos três atividades distintas além da leitura em si:
Falar (confissão e testemunho aos outros);
Meditar (refletir, analisar cuidadosamente);
Praticar (viver o que está escrito, obedecer).
Veja o que Deus disse a Josué:
“Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas o cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o seu caminho e serás bem-sucedido”.
Josué 1:8
ORAÇÃO - Já vimos que Jesus nos ensinou em seu modelo de oração a estarmos diariamente perante Deus. Esta deve ser uma prática diária, o que percebemos na frase: “o pão nosso de cada dia...”; portanto, também deve estar em nosso momento devocional diário.
Este tempo deve envolver os diferentes tipos de oração, como por exemplo:                               
Confissão (tanto de nossos pecados como também das promessas bíblicas que nos dizem respeito);
Súplica (aqui se enquadram nossas petições);
Intercessão (quando oramos por outros – nossos familiares, discípulos, vizinhos, etc.);
Ações de graça.
Oração no Espírito (em outras línguas).
A oração do “Pai-Nosso” é um excelente modelo de oração; suas frases nos dão uma direção para as áreas importantes a serem abordadas em nossa oração diária.
Louvor e Adoração – Esta também é uma prática diária. Davi declarou:
“Todos os dias te bendirei e louvarei o seu nome para sempre”
Salmo 145:2
O tempo de adoração pode envolver cânticos conhecidos e espontâneos, bem como declarações de amor e exaltação. Alguns gostam de utilizar músicas gravadas num CD nestes momentos, o que também deve ser visto como um acréscimo ao momento de adoração. Ouvir louvores não substitui o louvar; são duas coisas distintas. Mas acompanhar o louvor gravado não deixa de ser um bom recurso...
CONCLUINDO
Além de saber que devemos ter nosso período devocional diário (e matinal) com Deus, e conhecer algumas das práticas indispensáveis a este momento, penso que devemos também compreender a quietude e privacidade que devem estar presentes neste momento.
Acredito que há algo poderoso na oração coletiva, e devemos aprender a orar com outros irmãos, bem como com a Igreja toda reunida. Mas a força do período devocional com Deus reside no princípio de estar a sós com Deus. Isto não só nos ajuda a cultivar a intimidade com o Senhor, como também é um mandamento de Cristo:
“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”.
Mateus 6:6
Estar a portas fechadas com Deus é uma necessidade de cada um de nós. Ali não só pedimos, mas adoramos e nos rendemos com total liberdade de rasgar o coração. Assim como um casal tem seus momentos de privacidade longe da vista de todos, penso que devemos cultivar momentos de comunhão com o Noivo que também sejam marcados pela privacidade.
Se você não tem meios de se trancar, pelo menos procure se afastar das demais pessoas para ter este momento. Certamente esta prática diária te levará a um novo nível de relacionamento com Deus!


14 julho 2020

O que é uma Parábola?



Parábolas e Ensinamentos de Jesus !

O que é uma parábola?

Uma parábola é uma história que usa situações da vida real para ensinar grandes verdades.

0 sermão do monte
Mateus 5-7; Lucas 6.20-49
As bem-aventuranças
Mateus 5.3-11; Lucas 6.20-26
0 grande mandamento
Mateus 22.37-39; Marcos 12.29-31; Lucas 10.27
A regra de ouro
Mateus 7.12; Lucas 6.31
Parábola do grão de mostarda
Mateus 13.3 1-32; Marcos 4.30-32; Lucas 13.18-19
Parábola do semeador
Mateus 13.1-23; Marcos 4.1-20;Lucas 8.4-15
Parábola da semente
Marcos 4.26-29
Algumas parábolas sobre o Reino dos céus
Mateus 13.24-52
Parábola do credor incompassivo
Mateus 18.23-35
Parábola dos trabalhadores na vinha
Mateus 20.1-16
Parábola dos lavradores maus
Mateus 21.33-46; Marcos 12.1-11; Lucas 20.9-18
Parábola das bodas
Mateus 22.1-14; Lucas 14.15-24
Parábola das dez virgens
Mateus 25.1-13
Parábola dos talentos e a parábola das dez minas
Mateus 25.14-30; Lucas 19.11-27
Parábola do grande julgamento
Mateus 25.3 1-46
Parábola do bom samaritano
Lucas 10.25-37
Parábola do bom pastor
João 10.1-21
Parábola do rico insensato
Lucas 12.16-21
Parábola do servo vigilante
Lucas 12.35-48
Parábola da figueira estéri1
Lucas 13.6-9
Parábola da ovelha perdida
Lucas 15.3-7; Mateus 18.12-14
Parábola da dracma perdida
Lucas 15:8-10
Parábola do filho pródigo
Lucas 15:11-32
Parábola do administrador infiel
Lucas 16:1-13
O rico e o mendigo
Lucas 16:19-31
Parábola do juiz iníquo
Lucas 18:1-8
Parábola do fariseu e o publicano
Lucas 18:9-14