26 agosto 2025

A NATUREZA DO AVIVAMENTO

 Quando Salomão terminou a oração, desceu fogo do céu e queimou completamente o animal oferecido em sacrifício e os outros sacrifícios que tinham sido oferecidos; e a glória do Senhor Deus encheu o Templo.  E, por causa dessa luz, os sacerdotes não puderam entrar no Templo. Ao verem o fogo descer e a glória do Senhor encher o Templo, todos os israelitas que estavam ali no pátio se ajoelharam e encostaram o rosto no chão. Eles adoraram a Deus e o louvaram, dizendo: “Louvem a Deus, o Senhor, porque ele é bom, e porque o seu amor dura para sempre".  2 Crônicas 7:1-3

Uma das passagens mais importantes sobre a renovação espiritual do povo de Deus está em 2 Crônicas 7. Em tempos de aridez espiritual, essa passagem tem sido um desafio e um estímulo para os cristãos orarem em favor de avivamento. Era um dos textos favoritos de Evan Roberts, frequentemente citado durante o avivamento no País de Gales, 1904-1905, do qual ele foi o líder escolhido por Deus. Certamente, esses versículos servirão para clarificar nossa visão e purificar nossos ideais enquanto olhamos para o futuro.

Essa passagem descreve o que aconteceu na dedicação do templo em Jerusalém que o rei Davi havia planejado e que o rei Salomão edificou. Os anciãos de Israel estavam reunidos. A arca da aliança carregada pelos sacerdotes e levitas foi colocada no seu lugar. Cantores e trombeteiros se uniram num coral de adoração a Deus. O rei Salomão fez uma tremenda oração de dedicação e, ao terminá-la, “desceu fogo do céu… e a glória do Senhor encheu a casa do Senhor”.

A natureza do avivamento

A essência do que aconteceu nessa ocasião foi descrita duas vezes. “a glória do Senhor encheu a casa” (v.1); a glória do Senhor tinha enchido a Casa do Senhor (v.2). Isto é avivamento: a glória do Senhor enchendo a sua casa e o povo de Deus tendo consciência inequívoca de sua presença no meio deles.

A glória de Deus é a presença manifesta dele. Quando a glória de Deus encheu a casa, o povo ficou inundado com a consciência da sua presença. A glória do Senhor pairou sobre o Monte Sinai quando Moisés subiu para receber a lei. Os filhos de Israel foram conduzidos para fora do Egito e durante toda a travessia do deserto árido por essa mesma glória, vista como coluna de nuvem de dia e coluna de fogo à noite. Mas, quando o povo entrou na terra prometida, caíram em idolatria e imoralidade, e a glória se afastou deles. Muito tempo depois, na dedicação do templo, a glória de Deus voltou visivelmente. Foi tão manifesta e tão tremenda que os “sacerdotes não podiam entrar na Casa do Senhor, porque a glória do Senhor tinha enchido a Casa do Senhor” (v.2).

Essa é a natureza de avivamento e sempre foi, todas as vezes que Deus a enviou para a Igreja. Traz uma consciência inescapável e esmagadora de sua presença envolvente.

Não é disso que precisamos hoje? Nos dias da juventude pujante da Igreja, a presença e a atividade do Espírito de Deus eram evidentes. Os sinais da sua vinda e do seu poder eram vistos e ouvidos, não apenas por meio de fenômenos sobrenaturais, mas em obras morais e espirituais; não apenas no vento impetuoso e nas línguas de fogo, mas em santidade, amor e ousadia.

As pessoas andavam no temor do Senhor. Tinham um senso tão real da presença de Deus que viviam em reverência constante diante dele. Sua adoração era reverente, humilde e espiritual. Tinham fome e sede de justiça. Perseguiam santidade com propósito e intensidade.

Andavam em amor. Esse era um sinal evidente do poder do Espírito Santo, porque o amor é o primeiro fruto do Espírito e “aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4.8).

Não há dúvida de que os primeiros cristãos se amavam, pois eram ensinados por Deus a fazê-lo. E se o Espírito Santo enchesse a Igreja hoje com o poder de avivamento, nós também aprenderíamos a nos amar muito mais. Teríamos muito mais anseio por comunhão, por ir atrás de outros membros do Corpo a fim de desenvolver com eles conversas sobre assuntos espirituais e fazer reuniões espontâneas em pequenos grupos. Acolheríamos os solitários e os que não têm amigos, hospedaríamos os forasteiros e sem-teto, cuidaríamos dos necessitados e pastorearíamos os recém-nascidos em Cristo.

Deixaríamos de falar mal dos outros em sua ausência e de fazer críticas destrutivas. Ciúmes, invejas, rivalidades e ressentimentos murchariam e desapareceriam diante do fogo da presença de Deus. Teríamos menos autopiedade, menos desejo de autoafirmação, seríamos menos ansiosos por receber reconhecimento, menos espinhosos e mais difíceis de ser ofendidos. Teríamos mais empatia, tolerância e graça. Cuidaríamos mais do bem-estar dos outros do que do nosso.

As condições para o avivamento 

“Tendo Salomão acabado de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios.” As duas condições para essa manifestação da presença de Deus foram a oração e o sacrifício. Foi depois que os sacrifícios haviam sido dispostos sobre o altar e que o rei terminou sua oração que o fogo caiu do céu. O que isso significa para nós?

Os sacrifícios representam dedicação. Eram, em sua maioria, ofertas de holocausto. O holocausto era totalmente consumido, não sobrava nada. Simbolizava a dedicação incondicional do adorador a Deus.

A oração dedicatória foi uma oração de dependência. Nela, Salomão detalhou vários desastres em potencial – derrota nacional e cativeiro, seca, fome e peste. Em cada caso, o padrão era o mesmo. O povo de Deus, assolado por qualquer uma dessas desavenças, deveria se humilhar e reconhecer seu pecado, arrepender-se e clamar a Deus. Então, de acordo com a súplica de Salomão, Deus ouviria dos céus, perdoaria e daria a cada um segundo os seus caminhos (2 Cr 6.30). Em qualquer situação de necessidade, o povo deveria buscar misericórdia e libertação de Deus, demonstrando que sua expectativa era nele e que dependiam somente de sua graça e poder.

As mesmas duas condições precisam ser cumpridas hoje antes que o avivamento possa vir à Igreja. Não é que elas, sozinhas, produzam o avivamento. Existe um elemento incapaz de ser definido ou mensurado nos avivamentos. Como afirmou Alexander Whyte: “Há um mistério divino nos avivamentos. A soberania de Deus está presente neles”. Ao mesmo tempo, sem satisfazer essas condições, o avivamento não vem.

Portanto, cabe fazer uma autoavaliação: como estão nossas orações, nossos sacrifícios, nossa dependência de Deus e nossa dedicação a ele? Estamos totalmente comprometidos com ele? Já renunciamos nossa autoconfiança, autossuficiência, a ideia pecaminosa de que somos capazes de organizar renovação espiritual com nosso próprio esforço e engenhosidade? Temos afirmado: “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação. Só ele é a minha rocha, e a minha salvação” (Sl 62.1,2)? São essas as condições para que o fogo caia do céu, e a glória de Deus seja revelada na igreja.

A consequência do avivamento

“Todos os filhos de Israel, vendo descer o fogo e a glória do Senhor sobre a casa, se encurvaram com o rosto em terra sobre o pavimento, e adoraram…” (2 Cr 7.3).

Para mim, essa cena é extremamente impressionante. Quando o fogo caiu e a glória apareceu, o povo não elogiou Salomão pela bela oração que fizera e que produziu resultados tão estupendos. Não honraram os sacerdotes que prepararam os sacrifícios, nem prestaram uma reverência supersticiosa ao altar ou ao templo por terem atraído o fogo e a glória de Deus. Não se gabaram de sua própria piedade, achando que era ela a responsável por tamanha manifestação da presença divina.

Não! Ao invés disso, se prostraram com rosto em terra e adoraram a Deus. Deram glória a Deus. Irromperam espontaneamente em cântico, juntando-se com os cantores oficiais do templo: “Porque é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”.

Foram momentos sagrados de refrigério e avivamento, momentos do céu sobre a terra, nos quais o povo desfrutou um prenúncio da glória que será revelada, enquanto caíram sobre o rosto e deram honra e louvor a Deus.

Essa é a essência e o propósito final de todo avivamento: que a igreja (que tantas vezes em sua história manchada pelo pecado foi orgulhosa, satisfeita, acomodada e autoconfiante) se prostre e adore de fato a Deus, e que o Senhor seja honrado e glorificado.

Eis uma visão para ocupar nossos pensamentos e orações até que a glória de Deus encha novamente a sua casa.

Ageu 2.1-9


Introdução:
 A glória de Deus se manifestou pela primeira vez no templo quando este foi inaugurado. Enquanto os levitas adoravam, uma fumaça encheu o templo “de maneira que os sacerdotes não podiam estar ali para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR encheu a Casa de Deus” (II Crônicas 5.13,14).

A palavra para glória é SHEKINAH que significa a manifestação da presença de Deus em sua glória. Durante toda a caminhada do povo de Deus pelo deserto esta nuvem de glória nunca os desamparou (Êxodo 13.21,22).

Houve um tempo em que, por causa do pecado, esta Shekinah se retirou do meio do povo. Os inimigos filisteus levaram a arca da Aliança onde a glória de Deus se manifestava. Então uma mulher declarou “Icabô, dizendo: Foi-se a glória de Israel” (I Samuel 4.21,22). Depois o povo foi levado como escravos para a Babilônia e por 70 anos não viram esta glória. As pessoas pediam que cantassem e não conseguiam porque estavam longe da presença de Deus (Salmos 137.1-6).

Foi neste período que Ageu viveu e profetizou a restauração do templo, bem como a volta da glória de Deus. Quando o templo foi restaurado por Esdras, a Glória de Deus se manifestou enquanto uns choravam de saudades do templo antigo e outros gritavam de alegria “de maneira que não se podiam discernir as vozes de alegria das vozes do choro do povo; pois o povo jubilava com tão grandes gritos, que as vozes se ouviam de mui longe” (Esdras 3.13).

Toda esta história ensina que há esperança para quem já sentiu a glória de Deus, mas desanimou. Hoje nós somos o templo e habitação do Espírito Santo (I Coríntios 3.16). Mas por causa do pecado, fomos “destituídos da glória de Deus” (Romanos 3.23). Por isso, não podemos deixar de aproveitar cada oportunidade de buscar a presença do Senhor “enquanto se pode achar” (Isaías 55.6). Pela graça de Jesus, mesmo que você tenha enfraquecido, pode receber novamente a presença de Deus em sua vida.




Como receber novamente a Glória de Deus?

Vamos aprender com as palavras do profeta Ageu, o que acontece quando nosso templo é restaurado e a glória de Deus retorna para nossas vidas:



1- Força e Coragem: v.4

Quando recebemos a Glória de Deus em nossas vidas, ficamos fortes como nunca.

Ageu diz enfaticamente para cada líder do povo para serem fortes. Este incentivo foi necessário para animar a restauração do templo. Todo o povo esteve motivado a ajudar na reconstrução (Ageu 1.14).

A Palavra de Deus declara que Deus é nossa fonte de energia e vigor, pois “tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13) e que “a alegria do Senhor é a nossa força” (Neemias 8.10). Uma pessoa triste Não tem forças para lutar, mas com alegria tem disposição para vencer.

Os discípulos também estavam fracos e desanimados pensando que estavam sozinhos sem Jesus, mas quando receberam o Espírito Santo foram fortalecidos e saíram pregando o evangelho com autoridade (Atos 2.5-11).

O crente sem a glória de Deus é fraco, mas quando recebe a força do Senhor, mesmo que seja em meio às dificuldades sabe que “quando sou fraco é que sou forte” (II Coríntios 12.10).

Você está precisando de forças?

Busque a glória de Deus te fortalece!


2- Renovação do compromisso: v.5

Quando a Glória de Deus vem sobre nós, renovamos nosso compromisso com Deus.

O templo foi abandonado porque o povo pecou contra Deus rompendo sua Aliança. Ageu lembrou ao povo que Deus tinha feito uma aliança com eles quando saíram do Egito. Embora o povo tivesse quebrado esta aliança, Deus manteve sua palavra de pé. O Senhor não abandonou seus filhos. O Espírito Santo estava sobre eles e não precisavam ter medo.

Deus nos chama para renovar nossa aliança com Ele. Talvez você tenha abandonado um ministério ou desanimado no trabalho da Igreja e precisa voltar. Não há o que temer quando obedecemos a Deus.

Você está falhando em seu compromisso com Deus?

Renove sua aliança com o Senhor!



3- Deus move céus e terra: v.6,7

Deus move céus e terra a nosso favor quando sua glória está à frente de nós.

O Senhor prometeu para seu povo que se reconstruíssem o templo Ele seria o provedor de tudo o que precisassem. Deus garantiu que moveria os céus e a terra levantando pessoas para ajudar nesta reconstrução.

Muitas vezes as coisas estão dando tudo errado porque não estamos sob a Glória de Deus. Há momentos em que tudo parece estar parado e não conseguimos prosseguir. Mas quando obedecemos à vontade de Deus tudo prospera. Deus envia pessoas para abençoar nossa vida. É mais provável que o céu e a terra saiam do lugar do que a promessa de Deus venha a falhar.

Está precisando de uma ajuda?

Deus vai mover céus e terra a seu favor!



4- Deus é o provedor: v.8

Quando a glória de Deus vem sobre nós, o Senhor é quem nos sustenta.

Deus garantiu para Ageu que Ele mesmo sustentaria a sua obra porque é o “dono do ouro e da prata”. Ageu perguntou ao povo quem tinha visto o templo em sua primeira glória, pois depois de restaurado estava menor. Entretanto, declarou que embora estivesse menor a Glória de Deus seria maior (Ageu 2.3,9). A glória de Deus vem acompanhada com toda a sua formosura e riqueza.

Deus quer nos mostrar que seu poder não tem limites e que a glória do homem não tem valor algum. Muitos projetos humanos fracassam porque são feitos para dar glória ao homem, mas Deus não divide sua glória com ninguém (Isaías 42.8). Então Deus permite que nossos planos sejam frustrados para aprendermos a depender Dele.

Você tem feito algo para glorificar a si mesmo?

Aprenda a depender de Deus e fazer tudo para Sua Glória!



5- Recebemos a Paz de Deus: v.9

Quando a glória de Deus vem sobre nós, recebemos a paz de Deus em nosso coração.

O templo foi declarado com lugar da glória de Deus, mas também com um lugar de paz. Jesus disse “no mundo passais por aflições” (João 16.33) e não ‘na Igreja’ porque deve ser um lugar de paz.

Se a presença de Deus está em nossas vidas, tudo o mais pode sair do lugar que temos em nosso coração “a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4.7). Esta paz não foi dada pelo homem ou pelo mundo e sim pelo próprio Jesus (João 14.27). Isso não significa isenção de problemas ou dificuldades, mas tranquilidade acima de tudo que aconteça.

Muitas pessoas perguntam como saber se algo é de Deus, como um sonho ou situação qualquer. Certamente o que vem de Deus tem suas características como amor, alegria e paz.

Você tem sentido a paz de Deus?

A glória de Deus te garante sua paz!



Deixe a Glória de Deus voltar em sua vida!



CONCLUSÃO

Assim como Ageu exortou o povo para restaurar o Templo a fim de que a glória de Deus volte, também é tempo de restauração para a Igreja do Senhor. Deus quer manifestar sua glória em nossas vidas, bem como em sua Igreja, mas para isso precisa que busquemos a sua glória e não a nossa própria.

Quando Jesus apareceu aos seus discípulos após sua ressurreição “soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (João 20.22), mas não aconteceu nada aparente naquele momento. Somente após alguns dias de oração eles “estavam todos reunidos no mesmo lugar (Atos 2.1) e “todos ficaram cheios do Espírito Santo (Atos 2.4). Isso nos ensina que precisamos ser perseverantes em oração e que mesmo que não vejamos nada acontecer não significa que Deus não esteja agindo.

Se você não tem mais sentido a presença de Deus em sua vida e parece que a glória de Deus foi embora da sua vida, não diga ‘icabô: foi-se a glória de Deus’, mas busque a ‘SHEKINAH’. Se em sua igreja local está faltando a presença da glória de Deus, não busque a glória do homem e trabalhe pela restauração da Igreja do Senhor.

Quando a glória de Deus volta para sua vida você recebe força e coragem, tendo oportunidade de renovar o compromisso com Deus. Então Deus move céus e terra, como nosso provedor e sustentador mostrando seu cuidado por nós. Além disso, recebemos a Paz de Deus que nos conserva em sua presença.

Está sentindo que Deus está distante?

A Glória de Deus vai voltar!

 

17 agosto 2025

A FÉ QUE JESUS PROCURA

                                       

Jesus nos faz uma pergunta intrigante em Lucas 18.8: "... Contudo quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?"

Que resposta daremos? Onde, em quem, Ele hoje pode encontrar fé?

Jesus está procurando fé em nós! 

 

Texto-base do Estudo: Marcos 7. 24-30

²⁴ Levantando-se, partiu dali para as terras de Tiro [e Sidom]. Tendo entrado numa casa, queria que ninguém o soubesse; no entanto, não pôde ocultar-se,

²⁵ porque uma mulher, cuja filhinha estava possessa de espírito imundo, tendo ouvido a respeito dele, veio e prostrou-se lhe aos pés.

²⁶ Esta mulher era grega, de origem siro-fenícia, e rogava-lhe que expelisse de sua filha o demônio.

²⁷ Mas Jesus lhe disse: Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.

²⁸ Ela, porém, lhe respondeu: Sim, Senhor; mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças.

²⁹ Então, lhe disse: Por causa desta palavra, podes ir; o demônio já saiu de tua filha.

³⁰ Voltando ela para casa, achou a menina sobre a cama, pois o demônio a deixara.

1º  A fé que Jesus procura, nem sempre está nos arraiais religiosos. vs. 24 e 26

Em muitos ocasiões Jesus procurava fé no meio do seu povo mas raramente encontrava, paradoxalmente às vezes era surpreendido pela fé de pessoas fora de Israel, como esta mulher grega sírio-fenícia. Em outra ocasião narrada em Mt. 8. 5-13, E Ele encontra fé num centurião romano e destaca: " Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta." vs. 10. Corremos o perigo de nos acostumarmos com a religiosidade e perdermos a sensibilidade da fé. Esta sensibilidade precisa ser aguçada pelo Espírito Santo. Cuidado, Jesus está procurando corações que creem. A advertência de Jesus em Mt. 5. 11 e 12 é esta: Não fique acomodado, não pense que você tem cadeira cativa no cenário da fé, se você não crer Deus levantará outros e talvez sejam pessoas que você, nunca imaginou que pudessem crer.

 



2º A fé que Jesus procura, vem de pessoas que ousam a buscá-lo desesperadamente. vs. 24b e 25

O texto ousa em dizer que Jesus "não pôde ocultar-se", é claro que isto é um expressão antropomórfica, que é por razões literárias-teológicas, atribuir ao divino atitudes humanas, mas poeticamente podemos dizer: " Ele não pôde", pois não resiste a um coração quebrantado. Quando o buscamos desta forma o encontramos.

Qual foi a última vez que você buscou o Senhor desta maneira?

 

3º  A fé que Jesus procura resiste as provas. vs. 27 e 28

Jesus provou  e provocou aquela mulher, usando uma linguagem aparentemente agressiva, mesmo assim ela não reclama, não tem autocomiseração, mas insistentemente afirma sua dependência.

Ela não tem uma fé "dodói", que desiste, se revolta, não!  Ela é ousada e argumenta em humilhação e por isto recebe a libertação de sua filha.

Jesus pode encontrar este tipo de fé em nós?

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4º A fé que Jesus procura, é fé declarativa e profética. vs. 29

Jesus não disse a mulher, por causa do meu poder ( embora fosse), não disse, por causa da tua ousadia (embora fosse) mas disse: " Por causa desta palavra, podes ir o demônio já saiu de tua filha." vs. 29. O que havia naquelas palavras? Havia confiança que o Senhor é um Deus que faz sobejar, que tem muito mais pra dar do que possamos imaginar. Era uma fé que declarava o amor de Deus, sua providência. Este tipo de fé alcança o coração do Pai!

 

Conclusão

Jesus ainda procura, encontrara em você e em mim, este tipo de fé?

 

Questões para pensarmos:

1. Será que nos acostumamos com a religiosidade, correndo o perigo de vermos outro fazerem aquilo para o qual fomos chamados?

2. Você tem se prostrado e se quebrantado diante de Deus, ao ponto "Dele" não poder se ocultar de você"?

3. Sua fé resistente, aos "nãos " de Deus?

4. Você tem confessado o poder da Palavra e crido no Deus da Palavra?

 

Desafio:

Quero ser encontrado em fé!

 

Ele quer fazer, Ele pode fazer, Ele fará. Mas você precisa crer!

Amém.