A bondade de Deus permanece continuamente'
(Salmo 52:1).
A 'bondade' de Deus tem a ver com a perfeição da Sua natureza: '... Deus é luz, e não há nele trevas nenhuma' (1 João 1:5).
Há uma absoluta perfeição na natureza e no ser de Deus que nada Lhe falta, nada nEle é defeituoso, e nada se Lhe pode acrescentar para melhorá-lO. 'Ele é essencialmente bom, bom em Si próprio.
Em contrapartida, todas as criaturas só são boas pela participação e comunicação da parte de Deus. Ele é essencialmente bom; não somente bom, mas é a própria bondade: na criatura, a bondade é uma qualidade acrescentada; em Deus, é Sua essência.
Ele é infinitamente bom; na criatura a bondade é uma gota apenas, mas em Deus há um oceano infinito ou um infinito ajuntamento de bondade. Ele é eterna e imutavelmente bom, porquanto Ele não pode ser menos bom do que é; como não se pode fazer nenhum acréscimo a Ele, assim também não se Lhe pode fazer nenhuma subtração' (Thomas Manton). Deus é summumbonum, o Sumo Bem.
A nossa bondade precisa ser dirigida por Deus, que nos dá discernimento, pois muitas achando que se dermos tudo para nossos filhos, estamos sendo bons quando na verdade, o não também faz parte da vida e eles não saberão lidar com as decepções da vida.
Devemos ter também cuidado com amigos e parentes aproveitadores.
Também não podermos ajudar além de nossas possibilidades físicas, financeiras, espirituais, mentais, sentimentais e intelectuais.
O significado saxônico original do vocábulo
inglês. 'God' (Deus) é 'The Good' (O Bom ou O Bem). Deus não é somente o maior de todos os seres, mas o melhor. Toda a bondade existente
em qualquer criatura foi-lhe infundida pelo Criador, mas a bondade de Deus
não é derivada, pois é a essência da Sua natureza eterna.
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Como Deus é infinito em poder desde toda a
eternidade, desde antes de ter havido alguma demonstração desse poder, ou antes
de ter sido executado algum ato de onipotência, assim Ele era eternamente bom,
antes de haver qualquer comunicação da Sua generosidade, ou antes de haver
qualquer criatura à qual essa generosidade pudesse ser infundida ou exercida.
Portanto, a primeira manifestação desta perfeição divina consistiu em dar
existência a todas as coisas. 'Tu és bom e abençoador...', ou, na versão
utilizada pelo autor: 'Tu és bom, e fazes o bem...” (Salmo 119:68). Deus tem em
Si mesmo um infinito e inexaurível tesouro de todas as bênçãos, capaz de encher
todas as coisas.
Tudo que provém de Deus — os Seus decretos, a Sua criação, as Suas leis, as
Suas providências — só pode ser bom, como está escrito: 'E viu Deus tudo quanto
tinha feito, e eis que era muito bom...' (Gênesis 1:31).
Assim, vê-se a bondade de Deus primeiro na criação. Quanto mais de perto se
estuda a criatura, mais visível se torna a benignidade do seu Criador. Tome
a mais elevada criatura da terra, o homem. Abundantes motivos tem ele para
dizer com o salmista: 'Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão
maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe
muito bem' (Salmo 139:14). Tudo acerca da estrutura dos nossos corpos
atesta a bondade do seu Criador. Que mãos apropriadas para realizar a obra a
elas confiada! Que bondade do
Senhor, determinar o sono para restaurar o corpo cansado! Que benévola a Sua
provisão, dar aos olhos cílios e sobrancelhas para protegê-los! E assim
poderíamos prosseguir indefinidamente.
E a bondade de Deus não se
limita ao homem; é exercida em favor de todas as Suas criaturas.
Os olhos de todos esperam em ti, e tu lhes dás o seu mantimento a seu tempo. Abres a tua mão, e satisfazes os desejos de todos os viventes' (Salmo 145:15-16). Volumes inteiros poderiam ser escritos, na verdade têm sido, para discorrer sobre este fato. Sejam as aves do espaço, os animais das matas ou os peixes no mar, foi feita abundante provisão para suprir todas as suas necessidades. Deus '...dá mantimento a toda a carne; porque a sua benignidade é para sempre' (Salmo 136:25).
Verdadeiramente, '... a terra está cheia da bondade do Senhor' (Salmo 33:5).
Vê-se a bondade de Deus na variedade de
prazeres naturais que Ele providenciou para as Suas criaturas. Deus poderia
ter-Se satisfeito em saciar a nossa fome sem que os alimentos fossem agradáveis
ao nosso paladar — como Sua benignidade transparece-nos diversos sabores de que
Ele revestiu os diferentes tipos de carne, vegetais e frutas! Deus não nos deu somente os
sentidos, mas também nos deu aquilo que os agrada; e isso também revela a Sua
bondade. A terra poderia ser tão fértil como é, sem a sua superfície ser tão
deleitavelmente variegada. A nossa vida física poderia ser mantida sem as
lindas flores para encantarem os nossos olhos e para exalarem suaves perfumes. Poderíamos
andar pelos campos, sem que os nossos ouvidos fossem saudados pela música dos
pássaros. Donde, pois, esta beleza, este encanto, tão livremente difundido
pela face da natureza? Verdadeiramente, 'O
Senhor é bom para todos, e as suas ternas misericórdias são sobre todas as suas
obras' (Salmo 145:9).
Vê-se a bondade de Deus em que, quando o
homem transgrediu a lei do seu Criador, não começou de imediato uma dispensação
de ira sem contemplação. Bem poderia
Deus ter privado as suas criaturas decaídas de todas as bênçãos, de todos os
confortos e de todos os prazeres. Em vez disso, Ele introduziu um regime de
natureza mista, de misericórdia e juízo. Devidamente considerado, isso é por
demais maravilhoso, e quanto mais completamente se examine esse regime, mais
transparecerá que ' ... a misericórdia triunfa do juízo' (Tiago 2:13). Não
obstante os males todos que acompanham o nosso estado decaído, o prato do bem
predomina grandemente na balança. Com relativamente raras exceções, os homens e
as mulheres experimentam muito maior numero de dias de boa saúde, do que de
enfermidade e dor.
Há
no mundo muito mais felicidade própria das criaturas do que infelicidade
igualmente própria delas. Mesmo as nossas tristezas admitem considerável
alívio, e Deus conferiu à mente humana uma versatilidade que lhe possibilita
adaptar-se às circunstâncias e tirar delas o melhor proveito possível.
Não se pode com justiça pôr em questão a
benignidade de Deus pelo fato de haver sofrimento e tristeza no mundo. Se o
homem peca contra a
bondade de Deus, se ele despreza 'as riquezas da sua benignidade, e paciência e
longanimidade' e, seguindo a dureza e a impenitência do seu coração entesoura
para si mesmo ira para o dia da ira (Romanos 2:4-5), a quem deve culpar, senão
a si próprio? Deus seria bom, se não punisse os que usam mal as Suas bênçãos,
abusam da Sua benevolência e pisoteiam as Suas misericórdias? Não haverá a
menor censura quanto à bondade de Deus, mas, ao contrário, a mais brilhante e
modelar demonstração dela, quando Deus eliminar da terra os que quebrantara as
Suas leis, desafiam a Sua autoridade, zombam dos Seus mensageiros, escarnecem
do Seu Filho e perseguem aqueles pelos quais Ele morreu.
A bondade de Deus foi mais ilustremente visível
quando Ele enviou o Seu Filho, '...nascido de mulher, nascido sob a lei, para
remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos'
(Gaiatas 4:4-5). Foi então que uma multidão dos exércitos celestiais louvou seu
Criador e disse: 'Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com
os homens' (Lucas 2:14). Sim, no evangelho 'a graça (em grego, a benevolência
ou bondade) de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens'
(Tito 2:11). Não se pode pôr em dúvida a benignidade de Deus pelo fato de não
ter feito Ele a todas as criaturas pecadoras objetos da Sua graça redentora.
Não o fez com os anjos decaídos. Se Ele tivesse deixado que todos perecessem,
não haveria censura à Sua bondade. A quem quer que
desafiasse esta afirmação faríamos lembrar a soberana prerrogativa de nosso
Senhor: 'Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu
olho porque eu sou bom?' (Mateus 20:15),
'Louvem ao Senhor pela sua bondade, e pelas suas
maravilhas para com os filhos dos homens' (Salmo 107:8). Gratidão é o justo
retorno exigido dos objetos da Sua benignidade; contudo, muitas vezes é negada
ao grande Benfeitor, simplesmente porque a Sua bondade é tão constante e tão
abundante. A bondade de Deus é apreciada superficialmente porque é exercida
para conosco no curso comum dos eventos. Não a percebemos bem porque a
experimentamos diariamente. 'Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade?...'
(Romanos 2:4).
A Sua bondade é 'desprezada' quando não é utilizada
como um meio para levar os homens ao arrependimento, mas, ao contrário, serve
para endurecê-los a partir da suposição de que fecha os olhos para o pecado
deles.
A bondade de Deus é o sustentáculo da confiança
do crente, é esta excelência de Deus que exerce mais atração sobre os nossos
corações. Visto que a Sua bondade dura para sempre, jamais deveríamos ficar
desanimados.
O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele' (Naum 1:7). 'Quando outros nos maltratam, isso deveria somente estimular-nos a dar graças mais calorosamente ao Senhor, porque Ele é bom; e quando nós mesmos nos damos conta de que estamos longe de sermos bons, somente deveríamos bendizer com maior reverência Aquele que é bom, jamais deveríamos tolerar um instante de descrença na bondade, do Senhor; seja o que for que possa ser questionado, isto é absolutamente certo, que o Senhor é bom; as Suas dispensações podem variar, mas a Sua natureza é sempre a mesma” (C. H. Spurgeon).
Davi procura alguém para usar de bondade.
Você tem procurado alguém para usar de bondade?
Deus tem usado sua bondade para conosco.
Ele
nos faz assentar a mesa com ele: Eis
que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei
em sua casa e cearei com ele, e ele comigo. Ap. 3:20
Ele quer que sentemos na
mesa com nossos inimigos. Salmo
23 (reconciliação e perdão). Por isso, se te for
possível, reconcilia-te ainda hoje com o teu semelhante, pondo perante ti e ele
uma mesa, conclamando Deus como tua testemunha desse ato de grandeza.

